tag:blogger.com,1999:blog-42836321017315191212024-02-21T03:40:38.571-02:00CADERNOanotando, pensando, criando, armazenando...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.comBlogger104125tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-55589063577041257342017-04-16T15:38:00.000-02:002017-04-16T15:38:17.267-02:00<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_550a2327322ca2479477219">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">gemidos de gatos na rua desde às 22h. 5h. abro a janela do quarto: um gato cinza. oxe, é mina? não, ela é malhada. colorida. inocente. fecho a janela correndo. ai meu deus. e agora? cadê meus gatos? mataram. morreram. facebook. ninguém online. abro a porta do quarto: gato cinza. na janela da cozinha. me encarando. o dono da casa. fecho a porta. desespero. cadê os meus? mataram. morreram. facebook. lisavietra. ajuda, conselhos, me esclarece a dinâmica dos gatos. penso que tenh<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">o de tirar a comida de fora, a areia também talvez. mas primeiro: cadê meus gatos? medo do gato cinza: tem o carão, esbelto, olha com superioridade, mostra que tem experiência em causar nas casas alheias pelas madrugadas. os meus: criados num quarto e sala, com rede de proteção e ração super premium. muito medo. conversa com lisavietra. entendo tudo e sonho com aquele momento em que os gatos, os meus óbvio, arranharão a porta para que eu abra. ainda que feridos, desfigurados mancos, talvez aleijados... nada. abro a janela de novo. ninguém. conversa com lisavietra. fico paralisada. realidade: gato cinza. minha imaginação: monstro do rio vermelho que veio apavorar minha rotina. ele, com certeza, não tem medo de mim. tô fudida. nunca mais saio daqui. coitado de meus gatos que são 'protegidos' por uma bufa fria como eu. tão fudidos. abro a janela. rabo de mina, passando. ufa. um está vivo. abro a porta. ninguém. abro e fecho. os dois vêm correndo. entra entra entra. medo do gato cinza vir na sequência. eles correm pra comida. não comeram a noite inteira por causa do gato cinza. coitados de meus gatos. mas continuam serenos. se lambem. deitam-se depois de uma noite de aventura, eu acho. eu? estou em prantos. eles estão vivos. :~~~</span></span></span><br />
<div class="text_exposed_show">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">06:15h</span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-63369817135132509422015-12-02T17:38:00.000-02:002015-12-02T19:57:02.940-02:00O medo do abandono<br />
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não sei dizer em que momento isso se iniciou em minha vida, mas o fato é que, nem sempre, vivi perseguida pelo medo de ser abandonada. Sempre relacionei a mim expressões / palavras como: medo da rejeição, insegurança etc., mas nunca consegui decifrar, de fato, o que esses termos significavam em minha vida. Não havia uma definição que contemplasse exatamente o sentimento que, há algum tempo, vem me acompanhando dia a dia.</span><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Hoje, em meio a uma situação cotidiana, que costuma me causar muita angústia e ansiedade, nomeei com precisão aquilo que, sem sentido algum, estava sentindo: não o medo de ser rejeitada ou trocada, mas abandonada. E, apesar de não conseguir compreender agora, o que há de diferente em cada uma das situações propostas por cada termo, sei que não existe outra palavra, um sinônimo que seja para definir o que me deixa em pânico todos os dias em micro situações e diferentes relações: o medo do abandono. E hoje com a definição que acolhia todo o universo de angústia que eu nunca sei como explicar, eu chorei muito. Chorei verdadeiramente, como costuma ser inclusive muito difícil pra mim. Chorei porque pude entender que naquele momento eu aprendia alguma coisa sobre mim, de fato.</span><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Segundo o dicionário, abandono significa:</span><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; padding-left: 12px;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1. <span class="def"><span class="word_wrap">.</span><span class="varpb" style="display: inline;"><pb><span class="word_wrap"><span class="word" style="cursor: pointer;">Ato</span></span></pb></span><span class="word_wrap"> <span class="word" style="cursor: pointer;">ou</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">efeito</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">de</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">abandonar</span>.</span></span></span></div>
<div style="background-color: white; padding-left: 12px;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. <span class="def"><span class="word" style="cursor: pointer;">Desprezo</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">em</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">que</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">jazem</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">as</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">pessoas</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">ou</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">as</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">coisas</span>.</span></span></div>
<div style="background-color: white; padding-left: 12px;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. <span class="def"><span class="word" style="cursor: pointer;">Renúncia</span>, <span class="word" style="cursor: pointer;">cessão</span>, <span class="word" style="cursor: pointer;">desistência</span>.</span></span></div>
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="" style="background-color: white;"></span><span class="" style="background-color: white;"></span></span><br />
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Essa descrição, sem dúvida, me remete a diferentes situações referenciais em minha vida, à minha história e, sobre ela, falo e penso mais, à medida que o tempo passa. Ainda assim, nunca usei esse termo exato para descrever sentimentos, sensações, experiências minhas... Ainda assim, é um termo novo, resumindo. A minha auto imagem, nunca deixou que me visse como alguém abandonado, de fato. Eu sempre 'me senti' muito importante pra isso. A rejeição sempre me trouxe a idéia de algo que foi recusado por motivos objetivos: rejeito esse objeto, pois não me agrada nisso ou naquilo. Daí, eu sempre me cobrar posturas e ações que me colocavam no lugar da frustração, visto que não cabia a mim executá-las. E isso me fazia sofrer, como se eu quisesse ser uma pessoa melhor e não conseguisse... A insegurança era aquilo que me fazia não enxergar além de não aceitar minhas qualidades: aquilo que me fazia ser eu e não outra e, por isso, única, singular, especial, como somos todos. Daí, ser muito vaidosa, me achar muito bonita, inteligente, legal e agradável (gênia gata etc., tipo Paula Lavigne rs), mas, ao mesmo tempo, achar no outro sempre algo MAIS bonito ou MAIS inteligente OU mais legal ou MAIS agradável e nunca me dar por satisfeita por ser quem sou e sofrer por isso também, por não me bastar. Ok. Não tenho ainda entendimento suficiente sobre mim para dizer em que grau o medo da rejeição e a insegurança são verdades em minha vida, o fato é que a palavra 'abandono', hoje, me levou para outro lugar na saga de descobrir-me e tornar-me. O abandono, me parece, acontece abruptamente, sem nenhum motivo aparente, não por eu ser chata, feia ou burra ou qualquer outra coisa, mas repito: sem nenhum motivo. Ou seja, pode acontecer mesmo eu sendo "gênia, gata etc.". Ele é um perigo constante que me apavora. E é isso que eu sinto: que, por mais que eu seja uma pessoa interessante para se ter ao lado, serei abandonada a qualquer momento, sem direito a despedida.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Semana passada, na análise, relatei à psicóloga um fato de alguns anos atrás: início de namoro, o parceiro me pede para descer do carro e aguardá-lo, enquanto estaciona. Eu desço e tenho certeza: ele não vai voltar. Ainda agora, meus olhos marejam por identificar que essa certeza está comigo todos os dias quando me aproximo de alguém e que sofro, antecipadamente, por isso. Não fazia sentido o novo namorado me deixar no meio da rua, dizendo que vai estacionar o carro. Por que ele faria aquilo? Eu sabia que não fazia sentido e, ainda assim, aquilo me apavorava. Ele voltou, claro, e, não lembro qual era o assunto, eu relatei o mau sentimento que havia vivido minutos / horas antes. E ele apenas fez uma cara de quem realmente não tinha entendido.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em minhas relações de amizade, esse meu medo do abandono se traduz num falso ˜foda-se˜. Eu acho sim que meus amigos também podem me abandonar a qualquer momento, ainda que isso não me faça sofrer tanto, pois a vida corre e, graças a mim, risos, amigos, eu tenho muitos. É o mesmo sentimento de abandono só que numa situação mais sutil, sobre a qual eu certamente reflito menos porque eu me iludo achando que, a qualquer momento, eu posso mandar um amigo se foder e continuar com os outros ou fazer novos. Então, sempre que me desentendo com algum amigo, sempre que há uma situação de conflito, eu, imaturamente, sou aquela que pensa, antes de pensar qualquer outra coisa: foda-se, não preciso dessa pessoa, a vida é isso, vamos pra frente. E o outro, na maioria das vezes, me surpreende com um: "é o que, Bárbara? me poupe." * Isso me faz lembrar Camila, melhor amiga de muitos anos, que, em situações desse tipo, na qual eu ficava nervosinha e querendo brigar com ela, perguntava: "menina, você por acaso é palhaça?"... E eu ria. Porque não havia motivo para me afastar dela, era apenas o meu medo de ser abandonada por ela já que eu achava que estava dando motivo para ela fazê-lo... Confuso né? É a minha própria cabeça, prazer. * Enfim, nessa dinâmica maluca, minhas amizades continuam a é bem verdade que, em algum momento, a paz de desenha. Quem pagou pra ver é prova, sou grata a todos rs.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em minhas relações amorosas, pensei agora: deixa eu olhar meu celular, olhar nada, qualquer coisa... porque, na verdade, é muito difícil escrever sobre. Dói mesmo. Não acho que tenha sido sempre assim e, por isso, iniciei o texto dizendo não saber em que momento esse medo de ser abandonada se iniciou em minha vida, mas acho que, com os primeiros amores, eu era uma pessoa normal risos. Depois de um tempo, comecei a perceber que afastava as pessoas de mim e atribuí isso, equivocadamente, a muitas coisas. Nunca era nada daquilo. A questão é que, hoje, vivi uma situação parecida com a que relatei, na qual tive medo de ser deixada no meio da rua por um novo namorado. Hoje, eu percebi, numa troca de mensagens, que o que eu sentia não era frio na barriga por estar falando com alguém desejado, era medo de ser abandonada mesmo. Numa situação em que isso não fazia sentido algum. A pessoa iria me responder, eu sabia. Mas eu só pensava: e se ela não me responder mais? E não era: se não responder essa pergunta, ou se não responder agora ou hoje, era: se não responder mais, nunca mais, sumir... Uau! De onde eu tirei que a pessoa não me responderia mais? Isso nunca aconteceu antes com essa pessoa. Que loucura é essa? E isso apertou meu coração. O fato é que é esse sentimento que me motiva em todas as minhas ações: deve existir saudades, carinho, desejo sempre que ligo pra alguém, exponho vontade de ver, mando</span><span style="color: #cc0000; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> alguma mensagem etc., mas de verdade de verdade 90% de minhas interações se dão por medo que a pessoa não apareça nunca mais, ainda que eu tenha falado / visto ela pouco tempo antes. É sempre uma maneira de assegurar, sqn, que ela esteja presente em minha vida. Em função dessa prioridade, eu deixo pra trás toda e qualquer sensibilidade acerca da conquista, do encanto, do tempo mesmo. E eu sempre me dou por satisfeita cada vez que eu percebo que a pessoa está mais longe de mim. É incrível como isso me tranquiliza... E, se a pessoa ainda está perto, já menos em relação a um passado próximo, mas perto e interessada: pra mim não está bom, eu quero mesmo é ela bem longe porque, antes de tudo, o que eu sinto por ela é o medo de ser deixada. Ainda que seja uma relação em que alguma segurança me é dada, é assim que eu procedo, meus planos são infalíveis nesse sentido.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-23875719904485049272015-03-25T15:10:00.001-02:002015-03-25T15:11:00.843-02:00um viva às crises<br />
<br /><br />
de riso.<br />
<br /><br />
:)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-4814098017990718712015-03-04T23:55:00.000-02:002015-03-04T23:55:28.715-02:00é.<br />
parece que, pro brasil, só ~outros quinhentos.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-2476539726298168082014-11-28T11:27:00.000-02:002014-11-28T11:28:05.389-02:00aprendizado<br />
é tempo passado<br />
e, de já tão ido,<br />
na estrada, batido:<br />
caminho pisado.<br />
<br />
<br />
assim se percebe<br />
nas marcas que ferem<br />
que o corpo não mente<br />
que o espírito sente<br />
e a gente digere.<br />
<br />
<br />
seguir um gigante<br />
e ainda um infante<br />
ao olhar para si<br />
para então descobrir<br />
o que está lá atrás.<br />
<br />
<br />
é o tempo, é o leite:<br />
aqui, não se volta<br />
e, quando se chora,<br />
derrama e não jaz.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-42810191924429671532014-11-09T21:51:00.002-02:002014-11-09T21:51:47.530-02:00<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">a vida não é online.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-73085145844175362052014-11-09T21:49:00.001-02:002014-11-09T21:49:32.756-02:00<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">assim como são os personagens,</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">são os homens...</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-65428810570570757492014-11-09T21:48:00.002-02:002014-11-09T21:48:30.191-02:00<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">o único lugar onde não gastamos dinheiro é em casa,</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">quando já está tudo pago.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-45123588245608734132014-07-25T09:17:00.001-02:002014-07-25T09:21:33.832-02:00éticaExiste uma coisa chamada ÉTICA, a partir da qual todas as pessoas, ainda que inconscientemente, sabem que deveriam agir.<br />
<br />
Se agem fora dela e são criticadas por isso, ainda que defendendo a postura assumida, sabem, em seu íntimo, que merecem as observações lhes dirigidas.<br />
<br />
Não há por que poupar alguém, por medo de ser mal compreendido, de colocações sobre a realidade de seus atos.<br />
<br />
Não se deve querer simplesmente ofendê-las ao usar tal realidade. A omissão é aceita. Mas a mentira, nesse caso, não ilude.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-54242421787837526202013-04-27T20:13:00.002-02:002013-04-27T20:13:55.309-02:00<span style="color: #741b47;"><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: x-large;"><span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">~~ a maré está subindo<br /> e as pedras estão sumindo...<br /> <br /> não me julgue se eu te<br /> abraçar. ~~</span></span></span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-63277585070512831022011-10-07T16:30:00.002-02:002011-10-07T16:30:32.254-02:00<div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;">Fé cênica,</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;">fé cínica,</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;">derivados</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;">&</span></div><div style="color: #990000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;"><span style="color: #990000;">afins.</span></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-44561496892824244592011-10-03T13:45:00.002-02:002011-10-03T13:45:46.419-02:00sms, lágrimas, the end.<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="color: #cc0000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: center;"><span style="font-size: x-large;"><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" data-ft="{"type":3}">.acordou alegre<br />
pela noite passada.<br />
<br />
ao vê-lo a caminho do<br />
banho, sorriu.<br />
<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show"> <br />
"que horas são?",<br />
pensou quando percebeu<br />
o celular jogado<br />
do companheiro.<br />
<br />
sms,<br />
lágrimas,<br />
the end.</span></span></span></h6>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-85669085907731519492011-09-23T18:39:00.000-02:002011-09-23T18:39:13.094-02:00<span style="color: #b45f06; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: large;">- E, envergonhado, pediu: faz-me rir.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-19947652023475641162011-09-21T14:22:00.002-02:002011-09-21T14:22:54.226-02:00<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">- Cuidado com teus planos, pois, se forem inclinados, podem querer privatizá-los.</span></span></h6>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-68561059364074634422011-09-20T12:58:00.001-02:002011-09-20T12:59:15.257-02:00PROUST E OS SIGNOS, Gilles Deleuze<div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;">PARTE I:</span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CFLORIS%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CFLORIS%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx" rel="themeData"></link><link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CFLORIS%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml" rel="colorSchemeMapping"></link> <span style="font-size: large;"><m:smallfrac m:val="off"> <m:dispdef> <m:lmargin m:val="0"> <m:rmargin m:val="0"> <m:defjc m:val="centerGroup"> <m:wrapindent m:val="1440"> <m:intlim m:val="subSup"> <m:narylim m:val="undOvr"> </m:narylim></m:intlim> </m:wrapindent><style>
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</style></m:defjc></m:rmargin></m:lmargin></m:dispdef></m:smallfrac></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">O que é “a busca” na obra? “</span></b><span style="line-height: 150%;">a busca, não é simplesmente um esforço de recordação, uma exploração da memória: a palavra deve ser tomada em sentido preciso, como na expressão "busca da verdade”.” “A </span><i><span style="line-height: 150%;">Recherche</span></i><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i><span style="line-height: 150%;">se apresenta como a exploração dos diferentes mundos de signos, que se organizam em círculos e se cruzam em certos pontos.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">O que é “o tempo perdido” na obra? </span></b><span style="line-height: 150%;">“não é apenas o tempo que passa, alterando os seres e anulando o que passou; é também o tempo que se perde (por que, ao invés de trabalharmos e sermos artistas, perdemos tempo na vida mundana, nos amores?).”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">O que é “o tempo redescoberto” na obra? </span></b><span style="line-height: 150%;">“um tempo que redescobrimos no âmago do tempo perdido e que nos revela a imagem da eternidade; mas é também um tempo original absoluto, verdadeira eternidade que se afirma na arte.” [...] “a obra de arte é o único meio de redescobrir o tempo perdido."<b><o:p></o:p></b></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">O que é “aprender” na obra? “</span></b><span style="line-height: 150%;">Aprender diz respeito essencialmente aos <i>signos.” </i>[...] “</span><span style="line-height: 150%;">Aprender é, de início, considerar uma matéria, um objeto, um ser, como se emitissem signos a serem decifrados, interpretados.” [...] “A obra de Proust é baseada não na exposição da memória, mas no aprendizado dos signos.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">Qual o resultado essencial do aprendizado? </span></b><span style="line-height: 150%;">“há verdades a serem descobertas [no] tempo que se perde.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">O que são “signos” na obra? </span></b><span style="line-height: 150%;">“Os signos são específicos e constituem a matéria desse ou daquele mundo.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">1º mundo: signos mundanos. “</span></b><span style="line-height: 150%;">a tarefa do aprendiz é compreender por que alguém é "recebido" em determinado mundo e por que alguém deixa de sê-lo; a que signos obedecem esses mundos e quem são seus legisladores e seus papas.” [...] “Não se pensa, não se age, mas emitem-se signos.” [...] “</span><span style="line-height: 150%;">O signo mundano não remete a alguma coisa; ele a<i> "</i><i>substitui", </i>pretende valer por seu sentido.” [...] “</span><span style="line-height: 150%;">O aprendizado seria imperfeito e até mesmo impossível se não passasse por eles.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>2º mundo: signos do amor. </b>“Apaixonar-se é individualizar alguém pelos signos que traz consigo ou emite. É tornar-se sensível a esses signos, aprendê-los.” [...] “Não podemos interpretar os signos de um ser amado sem desembocar em mundos que se formaram sem nós, que se formaram com outras pessoas, onde não somos, de início, senão um objeto como os outros.” [...] “A contradição do amor consiste nisto: os meios de que dispomos para preservar-nos do ciúme são os mesmos que desenvolvem esse ciúme, dando-lhe uma espécie de autonomia, de independência, com relação ao nosso amor.” [...] “os signos amorosos são signos mentiroros que não podem dirigir-se a nós senão escondendo o que exprimem, isto é, a origem dos mundos desconhecidos, das ações e dos pensamentos desconhecidos que lhes dão sentido.” [...] “Era uma <i>terra incógnita </i>terrível a que eu acabava de aterrar, uma fase nova de sofrimentos insuspeitados que se abria. E, no entanto, esse dilúvio da realidade que nos submerge, se é enorme a par de nossas tímidas e ínfimas suposições, era por elas pressentido.” [...] “O mundo do amor vai dos signos reveladores da mentira aos signos ocultos de Sodoma e Gomorra.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>3º mundo: as qualidades sensíveis ou impressões. </b>“estes signos já se distinguem dos precedentes por seu efeito imediato.” [...] “São signos verídicos, que imediatamente nos dão uma sensação de alegria incomum, signos plenos, afirmativos e alegres.” [...] “o sentido material não é nada sem uma essência ideal que ele encarna.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>4º mundo: signos da arte. </b>“os signos da arte são os únicos imateriais.” E capazes de “revelar” a essência de cada um (no caso, do sujeito-artista).<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Concluindo. </b>“os signos mundanos, principalmente os signos mundanos, mas também os signos do amor e mesmo os signos sensíveis, são signos de um tempo "perdido": são os signos de um tempo <i>que se perde. </i>Pois não é muito sensato freqüentar a sociedade, apaixonar-se por mulheres medíocres, nem mesmo despender tantos esforços de imaginação diante de um pilriteiro, quando melhor seria conviver com pessoas profundas, e, sobretudo, trabalhar.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Sobre a verdade. </b>“Na verdade, “Em Busca do Tempo Perdido” é uma busca da verdade.” [...] “O ciumento sente uma pequena alegria quando consegue decifrar uma mentira do amado, como um intérprete que consegue traduzir um trecho complicado, mesmo quando a tradução lhe revela um fato pessoalmente desagradável e doloroso.” [...] “Proust não acredita que o homem, nem mesmo um espírito supostamente puro, tenha naturalmente um desejo do verdadeiro, uma vontade de verdade. Nós só procuramos a verdade quando estamos determinados a fazê-lo em função de uma situação concreta, quando sofremos uma espécie de violência que nos leva a essa busca.” [...] “Há sempre a violência de um signo que nos força a procurar, que nos rouba a paz.” [...] “Falta<i> necessidade </i>às verdades intelectuais.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Crenças impedem o aprendizado. </b>“1ª: [objetivismo é] atribuir ao objeto os signos de que é portador.” [...] “Pensamos que o próprio ‘objeto’ traz o segredo do signo que emite.” [...] “Relacionar um signo ao objeto que o emite, atribuir ao objeto o benefício do signo, é de início a direção natural da percepção ou da representação. Mas é também a direção da memória voluntária, que se lembra das coisas e não dos signos. É, ainda, a direção do prazer e da atividade prática, que se baseiam na posse das coisas ou na consumação dos objetos. E, de outra forma, é a tendência da inteligência.”; 2ª: “o herói se esforça para encontrar uma compensação subjetiva à decepção com relação ao objeto.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Sobre a essência. “</b>é uma diferença, a Diferença última e absoluta.” [...] “Não é uma diferença empírica, sempre extrínseca, entre duas coisas ou dois objetos. Proust nos dá uma aproximação da essência quando diz que ela é alguma coisa em um sujeito, como a presença de uma qualidade última no âmago de um sujeito: diferença interna, <i>“diferença qualitativa </i>decorrente da maneira pela qual encaramos o mundo, diferença que, sem a arte, seria o eterno segredo de cada um de nós’.” [...] “Qualidade desconhecida de um mundo único." [...] “A essência não é apenas individual, é individualizante."<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Memória voluntária. “</b>A memória voluntária vai de um presente atual a um presente que ‘foi’, isto é, a alguma coisa que foi presente e não o é mais.” [...] “essa memória não se apodera diretamente do passado: ela o recompõe com os presentes.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Memória involuntária. </b>“interioriza o contexto, torna o antigo contexto inseparável da sensação presente.” [...] “o essencial na memória involuntária não é a semelhança, nem mesmo a identidade, que são apenas condições; o essencial é a diferença interiorizada, tornada imanente.” [...] “A lembrança involuntária retém os dois poderes: a diferença no antigo momento e a repetição no atual.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>A matéria em que o signo é inscrito. </b>“Os signos mundanos são mais materiais por evoluírem no vazio. Os signos amorosos são inseparáveis da força de um rosto, da textura de uma pele, da forma e do colorido de uma face: coisas que só se espiritualizam quando a criatura amada dorme. Os signos sensíveis também são qualidades materiais, sobretudo os aromas e sabores. Somente na Arte é que o signo se torna imaterial, ao mesmo tempo que seu sentido se torna espiritual.”<o:p></o:p></span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div class="Estilo" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">Outras. </span></b><span style="line-height: 150%;">“em dado momento o herói não conhece ainda determinado fato que virá a descobrir muito mais tarde, quando se desfizer da ilusão em que vivia. Daí o movimento de decepções e revelações que dá ritmo a toda a </span><span style="line-height: 150%;">busca.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“</span><span style="line-height: 150%;">O importante é que o herói não sabe certas coisas no início, aprende-as progressivamente e tem a revelação final. Inevitavelmente, ele sofre decepções: "acreditava", tinha ilusões; o mundo vacila na corrente do aprendizado.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“Em seus primeiros amores, ele faz o "objeto" se beneficiar de tudo o que ele próprio sente: o que lhe parece único em determinada pessoa parece-lhe também pertencer a essa pessoa. Tanto que os primeiros amores são orientados para a confissão, que é justamente a forma amorosa de homenagem ao objeto (devolver ao amado o que se acredita lhe pertencer).”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“O que o herói da <i>Recherche </i>não sabe no início da aprendizagem? Não sabe ‘que a verdade não tem necessidade de ser dita para ser manifestada, e que podemos talvez colhê-la mais seguramente sem esperar pelas palavras e até mesmo sem levá-las em conta, em mil signos exteriores’.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“os acasos da escolha que lhe ensinam que as razões de amar nunca se encontram naquele que se ama, mas remetem a fantasmas, a Terceiros, a Temas que nele se incorporam por intermédio de complexas leis. Ao mesmo tempo, ele aprende que a confissão não é o essencial do amor e que não é necessário, nem desejável, confessar: estaremos perdidos, toda a nossa liberdade estará perdida.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span class="ecxfbphotocaptiontext"><span style="line-height: 150%;">“</span></span><span style="line-height: 150%;">A decepção é um momento fundamental da busca ou do aprendizado: em cada campo de signos ficamos decepcionados quando o objeto não nos revela o segredo que esperávamos.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">Após a decepção fruto do objetivismo, vem a compensação subjetiva.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“Ao invés de nos conduzir a uma justa interpretação da arte, a compensação subjetiva acaba por fazer da própria obra de arte um simples elo na cadeia de nossas associações de idéias.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“</span>Não se deve ver na arte um meio mais profundo de explorar a memória involuntária; deve-se ver na memória involuntária uma etapa, e não a mais importante, do aprendizado da arte.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“</span>Uma diferença original preside nossos amores.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“</span>A passagem de um amor a outro encontra sua lei no Esquecimento e não na memória; na Sensibilidade e não na imaginação.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“Os signos do amor são acompanhados de sofrimento porque implicam sempre uma mentira do amado, como uma ambigüidade fundamental de que nosso ciúme se aproveita e se nutre. Então, o sofrimento por que passa nossa senbilidade força nossa inteligência a procurar o sentido do signo e a essência que nele se encarna.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 150%;">“</span>Cada sofrimento é particular na medida em que é sentido, na medida em que é provocado por determinada criatura, em determinado amor. Mas, porque esses sofrimentos se reproduzem e se entrelaçam, a inteligência extrai deles alguma coisa de geral, que também é alegria.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“Extraímos de nossas tristezas particulares uma Idéia geral; é que a Idéia era primeira, já se encontrava lá.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“No caso dos signos mundanos, perdemos tempo porque esses signos são vazios e reaparecem, intactos ou idênticos, no final de seu desenvolvimento.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“O tempo do amor é um tempo perdido, porque o signo só se desenvolve na medida em que desaparece o eu que correspondia ao seu sentido.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“Dos signos mundanos aos signos sensíveis, a relação do signo com seu sentido é cada vez mais íntima. [...]Mas apenas no nível mais profundo, no nível da arte, é que a Essência é revelada.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“Quando atingimos a revelação da arte, aprendemos que a essência já se encontrava nos níveis mais baixos. Era ela que, em cada caso, determinava a relação do signo com seu sentido.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“Os <i><span style="line-height: 150%;">leitmotive </span></i>da <i><span style="line-height: 150%;">Recherche </span></i>são: eu ainda não sabia; eu compreenderia mais tarde; quando deixava de aprender, eu não me interessava mais.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“a busca da verdade é a aventura própria do involuntário.”<o:p></o:p></span></div><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">“O que nos força a pensar é o signo. O signo é o objeto de um encontro; mas é precisamente a contingência do encontro que garante a necessidade daquilo que ele faz pensar.”</span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-37392865622743777552011-08-12T14:06:00.001-02:002011-08-12T14:08:03.423-02:00...<div><div><div class="ecxMsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">"Para privilegiar um certo didatismo na nossa compreensão da “Hecceidades”, vamos adotar um frágil procedimento. Suponhamos que existam dois tipo de olhar: o olhar que ver as determinações e as formas e o olhar que ver o jogo das hecceidades. O olhar da forma é aquele que se investe nos objetos, nos sujeitos determinados e tudo ele representa num jogo de analogias. Vamos tomar como exemplo nosso amigo Yuri Tripodi. Olha-se para Tripodi e se acredita que a beleza é dele, que a sensibilidade é dele, que a generosidade é dele. Neste sentido o olhar fixo dirá: eis um cara insubstituível! Como se a beleza não fosse a expressão de forças da vida, como se ela também não correspondesse a critérios que estabelece o que é belo numa determinada época e sociedade. Como se Tripodi, estivesse condenado a ser sensível e generoso e por vezes não fosse o avesso. Ao contrário, hecceidade é um individuação sem sujeito. O olhar por hecceidade capta as intensidades, as camadas, as sigularidades que se expressam na matéria e a move. O Tripodi apaixonado, o Tripodi raivoso, o Tripodi infantil, o Tripodi lobo, o Tripodi belo, o Tripodi bicho, o Tripodi tudo, o Tripodi a depender das singularidades que se atualizam nele."</span><br />
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<span style="font-size: small;">[ ESPERANDO GODOT VI ] </span></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-81474911836194389462011-08-11T17:36:00.001-02:002011-08-12T14:07:38.083-02:00...<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">"Querida,</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">sobre o amor, eu li e estou de acordo com a concepção de Proust. Vale a pena tirar uns meses para ler "Em busca do tempo perdido". Segundo o narrador de Proust, o amor começa com um processo de individualização pelos signos. O sujeito que ama reconhece, na pessoa amada, signos e a qualifica com base nos signos reconhecidos. Neste momento, acredita que o que faz ela ter aquele sentimento é a pessoa amada, mas o jovem Marcel terá uma série de desilusões amorosas e continuará amando outras mulheres (Gilbert, Albertina etc). Perceberá, em algum dos volumes, que o amor não era provocado por aquelas mulheres, mas por uma expressão do desejo, de forças que nos conduz a aumentar a nossa potência, se aprendemos a nos associar com essas forças. Todavia, o livro de Proust é muito mais grandioso, pois ele vai em busca dos signos da arte, da expressão do tempo puro. Signos/essências da arte que, segundo ele, nos faz perder o medo da morte. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Só escrevi essas linhas para não enviar o email em branco. Acredito que elas pouco ajudem. Você mesma tem que fazer seus mergulhos. Vale a pena, antes, ler o livro "Proust e os Signos" de Gilles Deleuze (formidável).</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Você já leu "O jardim de Veredas que se bifurcam"? É um conto pequeno.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Um abraço, querida."</span></div><br />
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[ ESPERANDO GODOT V ]Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-68930353037527287632011-08-08T18:38:00.000-02:002011-08-08T18:38:22.786-02:00Sobre Hecceidades"É muito frágil o que eu vou te falar, pois é preciso um mergulho maior nos ensinamentos de Deleuze para compreender esse conceito. Hecceidade é um ponto intenso, fluxo de sensações. Podemos tomar como exemplo nós mesmos, isto é, ao contrário de pensar que temos um único estado de ser, temos mil, a depender dos estados afetivos no qual mergulhamos. Isso não tem nada de subjetivo, nada de psicológico. A hecceidade varia<span style="right: auto;"> conforme os afetos e os perceptos que vamos compondo.</span><br />
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<span style="right: auto;"> Isso é quase nada perto da beleza desse conceito."</span><br />
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<span style="right: auto;"><br />
</span><br />
<span style="right: auto;">[ ESPERANDO GODOT IV ]</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-20177798100482070102011-08-08T18:21:00.000-02:002011-08-08T18:21:59.752-02:00Sobre a Arte<div class="ReadMsgBody" id="mpf0_readMsgBodyContainer" onclick="return Control.invoke('MessagePartBody','_onBodyClick',event,event);"><div class="SandboxScopeClass ExternalClass" id="mpf0_MsgContainer"><div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;"><div id="ecxyiv1985993262" style="right: auto;"> <div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;"> <div style="right: auto;">"Cara Fada,</div><div style="right: auto;"> </div><div style="right: auto;">suponho que exista um mal entendido muito grande em relação à arte, mesmo entre os artistas. Alguns acreditam que a arte é um adorno, um recurso estético para enfeitar a vida. Mas, de maneira nenhuma, a prática dos grandes artistas se reduz a isso, é muito pouco. Ao contrário, a arte nos apresenta novas possibilidades de vida, novas formas de composição com a vida. A arte trapaceia a mesquinhez da nossa percepção interessada e nos faz criar e viver novos mundos. Como disse Proust, na entrevista concedida ao Jornal Le Temps: 'O prazer que nos dá um artista é de nos fazer conhecer um universo a mais.' Uma maioria pensa que Cezanne dedicou a vida a pintar maçãs e paisagens, mas o próprio Cezanne, em suas cartas, desfaz o mal entendido, dizendo: 'Jamais minha prática se voltou a pintar maçãs. Todo meu esforço foi pintar as forças que se expressam nesses corpos. É por isso que digo que minha prática-arte se põe a fazer visível o invisível. "</div><div style="right: auto;"><br />
</div><div style="right: auto;">Pois, então, querida amiga, o artista é a ponto entre o homem e o super-homem, entre o organismo e o corpo sem orgãos, entre o teatro fixo e o teatro mágico. É o artista o revolucionário que mergulha no caos e, dentro dele, cria novos mundos.</div><div style="right: auto;"><br />
</div> </div><div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;">Abraço, querida."</div><div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;"> </div><div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;"> </div><div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;">[ ESPERANDO GODOT III ] </div></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-88425433351966285542011-08-08T18:13:00.000-02:002011-08-08T18:13:58.877-02:00Quem és?<div class="ReadMsgBody" id="mpf0_readMsgBodyContainer" onclick="return Control.invoke('MessagePartBody','_onBodyClick',event,event);"><div class="SandboxScopeClass ExternalClass" id="mpf0_MsgContainer"><div style="background-color: white; color: black; font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt;"><div style="right: auto;">"Querida Fada do Botequim,</div><div style="right: auto;"> </div><div style="right: auto;">'Quem você é?'. Essa é a pergunta que atravessou os séculos. 'Descubra', 'deixe se povoar pela sua preciosa solidão', 'ninguém te salvará'! Essas são as frases que parecem se insinuar nas cartas de Rilke ao jovem poeta. Não é diferente de Hermann Hesse quando nos apresenta 'O Lobo da Estepe'.</div><div style="right: auto;"><br />
</div><div style="right: auto;">Querida amiga, quando diluimos o lobo e descobrimos as infinitas mônadas, já não podemos falar o que somos. Mas, para satisfazer o uso comum da linguagem gregária, deixo que me chamem de Godot, Mônadas, Corpo sem Orgãos. Mas, os nomes pouco importam, não é? Eu gosto mesmo é dos "Jardins de Veredas que se bifurcam", é nele que Borges encontra com a eternidade.</div><div style="right: auto;"> </div><div style="right: auto;"> </div><div style="right: auto;">Infelizmente, tenho limites para escrever e devo respeitá-los."</div><div style="right: auto;"> </div><div style="right: auto;"> </div><div style="right: auto;">[ ESPERANDO GODOT II ] </div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-71563463976314260002011-08-08T18:06:00.001-02:002011-08-08T18:07:44.406-02:00Expressar as mônadas.<div style="right: auto;">"QUERIDA AMIGA,</div><div style="right: auto;"></div><div style="right: auto;">HOJE A PARTIR DAS QUATRO NO TEATRO MÁGICO <br />
SÓ PARA LOUCOS <br />
ENTRADA AO PREÇO DA RAZÃO <br />
PARA OS RAROS SOMENTE."<br />
<br />
<br />
<br />
[ ESPERANDO GODOT I ] </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-86516630345940655742011-06-14T14:29:00.001-02:002011-06-14T14:29:57.780-02:00Deleuze: a arte e a filosofia.curso com Roberto Machado.<br />
<br />
Junho 2011.<br />
<br />
1º dia, anotações.<br />
<br />
<br />
INTRODUÇÃO<br />
<br />
Para Deleuze, a filosofia não é uma reflexão sobre; não está acima (tendência moderna, final do século XVIII).<br />
<br />
A filosofia é produção, criação, e não legitimação, do Pensamento.<br />
<br />
Todos os saberes (filosofia, arte, ciência) criam Pensamento, mas há uma distinção na maneira de criar.<br />
<br />
A ciência cria funções, a arte cria sensações e a filosofia cria conceitos.<br />
<br />
Para Deleuze, o filósofo não desvela (algo que está a ser descoberto, digamos), mas cria, inventa, fazendo nascer o que ainda não existia.<br />
<br />
<br />
Como os conceitos são criados na filosofia de Deleuze?<br />
<br />
01) a partir do Pensamento de outros filósofos; usando alguns filósofos para privilegiar espaços (nos quais o seu Pensamento também está inserido); espaço SINGULAR.<br />
<br />
02) a partir dos conceitos suscitados por outros saberes.<br />
<br />
Deleuze constrói sua filosofia a partir dessas "fontes", pois acredita ser necessário estabelecer conexões, alianças, agenciamentos.<br />
<br />
Deleuze não privilegia a linearidade da história, como Hegel, mas privilegia as conexões geográficas (espaciais).<br />
<br />
A idéia é contrapor o PENSAMENTO SEM IMAGEM (diferença) à IMAGEM DO PENSAMENTO (representação).<br />
<br />
A representação reduz o Pensamento à identidade; espaço dogmático; metafísico; racional; transcendente; quer descobrir; valores absolutos e universais.<br />
<br />
O espaço singular, ou da diferença, é pluralista; ontológico; trágico; imanente; quer criar.<br />
<br />
* Perspectiva não é relativismo.<br />
<br />
Para Deleuze, a moral é sistema de julgamento. A moral se funda em valores transcendentes (bem e mal, valores metafísicos). Deleuze é um crítico da moral.<br />
<br />
A ética avalia sentimentos, leva em consideração os modos de ser das forças vitais que definem a vontade de potência do homem.<br />
<br />
<br />
Deleuze, ao utilizar o Pensamento de Foucault, por exemplo, não pretende encontrar a identidade deste Pensamento com o seu e sim o seu duplo com o máximo de diferenças. * É diferente, mas não é outro.<br />
<br />
Teatro filosófico: Deleuze traz os filósofos, escreve suas falas e as dirige. É o Kafka, é o Foucault DE DELEUZE (procedimento de colagem).<br />
<br />
Deleuze não pode ser considerado um historiador da filosofia: repetir o texto não para encontrar sua identidade, mas para afirmar a sua diferença.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-26615149233211772332011-06-14T14:12:00.002-02:002011-06-14T16:12:11.506-02:00Deleuze: a arte e a filosofia.curso com Roberto Machado.<br />
<br />
Junho 2011.<br />
<br />
2º dia, anotações.<br />
<br />
<br />
"A LITERATURA"<br />
<br />
Deleuze utiliza Pensadores que quiseram criar o Pensamento da diferença.<br />
<br />
* Acordo discordante, produzido pela discórdia.<br />
<br />
* O particular está submetido ao geral.<br />
<br />
* O original é uma potente figura solitária; revela o vazio das formas; a mediocridade das criaturas particulares; é alguém que tem o Pensamento sem imagem, fora da representação.<br />
<br />
Cita determinado personagem cuja fala é somente "preferiria não..." - uma "anomalia", apesar de ser escrito normalmente; inventa uma nova língua dentro da própria língua materna; o personagem deixa indeterminado aquilo que rejeita (não aceita nem recusa).<br />
<br />
O BOM LITERATO DESAFIA A LÓGICA E A PSICOLOGIA.<br />
<br />
* Só é interessante dizer aquilo que não pode ser dito.<br />
<br />
* DEVASTAR AS REFERÊNCIAS.<br />
<br />
A literatura tem uma relação com o DE FORA da linguagem.<br />
<br />
"Eu nunca vi o sertão, ou seja, nunca tive a percepção do sertão, mas, lendo Guimarães Rosa, tive o percepto do sertão."<br />
<br />
O clichê é o particular subordinado ao geral.<br />
<br />
<br />
DEVIR = LINHA DE FUGA = DESTERRITORIALIZAÇÃO.<br />
<br />
O devir é contrário à imitação; é uma crítica ao modelo; se desterritorializar em relação ao modelo; escapar da forma dominante.<br />
<br />
Deleuze não privilegia a forma e sim a força.<br />
<br />
O devir se passa entre. Devir animal não é ser animal e sim assimilar a intensidade deste.<br />
<br />
Só existe devir em relação a algo minoritário.<br />
<br />
O devir diz respeito ao encontro de heterogêneos; mantém-se a tensão desse encontro.<br />
<br />
Alguns personagens trágicos possuem um devir potente demais (para eles) que os aniquila. Porém, DELEUZE NÃO É UM FILÓSOFO DO ANIQUILAMENTO. Há no devir um perigo de desmoronamento.<br />
<br />
Segundo Spinoza, "nada que ultrapassa a nossa capacidade de ser afetado é bom."<br />
<br />
Por isso, a questão é: como um devir pode ser vivido? Elogio da prudência.<br />
<br />
"O artista é alguém que analisa a doença do homem moderno e avalia a sua possibilidade de cura."<br />
<br />
<br />
<br />
O artista é um clínico e não um doente (como costuma ser visto).<br />
<br />
Joyce leva sua filha, psicótica, ao consultório de Jung. Joyce mostra a Jung os textos que sua filha escreve, elogiando-os e comparando-os aos seus próprios, pois acha-os parecidos. Jung chama a atenção de Joyce para a seguinte questão: na esfera onde você flutua, sua filha afunda.<br />
<br />
O louco, portanto, é aquele que perdeu os procedimentos (diferentemente do artista).Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-53814969584029139522011-06-14T13:56:00.000-02:002011-06-14T13:56:37.656-02:00Deleuze: a arte e a filosofia.curso com Roberto Machado.<br />
<br />
Junho 2011.<br />
<br />
3º dia, anotações.<br />
<br />
"A PINTURA"<br />
<br />
1ª hipótese - apesar da variação do estilo, há três elementos invariantes nas obras de Bacon:<br />
<br />
a) a figura: como para Bacon é possível evitar o caráter representativo da figura? Bacon desprevilegia a forma. A figura é não figurativa. Bacon está ENTRE o figurativo e o abstrato. Quando há mais de uma figura não se deve contar nenhuma história criando "lógica" entre elas. Duas figuras formam um só fato. A figura de Bacon é um corpo experimentando uma sensação. O corpo é formado por osso e carne em tensão. A figura, se é corpo, não tem rosto (*Rostidade zero?). Devir animal: não tem rosto, mas cabeça. O processo de rostificação, segundo Deleuze, é político. A figura de Bacon não tem rosto, pois quer ser assignificante, assubjetiva.<br />
<br />
- DEVIR: desterritorialização conjulgada; DEVIR ANIMAL: indiscernibilidade entre o homem e o animal (entre). Aumento de intensidade.<br />
<br />
"Não há nada mais inútil que um orgão." (Artaud)<br />
<br />
Deleuze é um crítico da organização / organismo.<br />
<br />
"O corpo nunca é um organismo. Os organismos são os maiores inimigos do corpo." (Artaud)<br />
<br />
Deleuze é o filósofo das torções, mas isso é justificado pela sua própria teoria.<br />
<br />
- CORPO SEM ORGÃOS: vida inorgânica; não ter uma organização. A forma sendo questionada em nome da força. Corpo pleno percorrido por um fluxo de intensidade.<br />
<br />
Bacon é um pintor que desfaz o organismo para pintar um corpo sem orgãos.<br />
<br />
<br />
b) o contorno - delimita onde está a figura; o lugar da relação entre a figura e a grande superfície plana.<br />
<br />
<br />
c) grande superfície plana.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4283632101731519121.post-46924631531290944332011-06-14T13:13:00.000-02:002011-06-14T13:13:24.806-02:00Deleuze: a arte e a filosofia.curso com Roberto Machado.<br />
<br />
Junho 2011.<br />
<br />
4º dia, anotações.<br />
<br />
<br />
"O CINEMA"<br />
<br />
Os cineastas pensam através de imagens.<br />
<br />
O cinema não é língua, nem linguagem (Pensamento contrário à semântica).<br />
<br />
Deleuze pensa o cinema a partir do pensamento de Bergson (livro: Matéria e Memória).<br />
<br />
<br />
Deleuze fala em dois tipos de imagem:<br />
01) Imagem Movimento - Cinema Clássico; representação indireta do tempo; cinema de ação; encadeamento sensório motor entre as imagens, agindo e reagindo umas sobre as outras construindo um organismo; conexão lógica; conta-se uma "historinha".<br />
<br />
02) Imagem Tempo - Cinema Moderno; apresentação direta do tempo; questionamento do encadeamento; a percepção não se prolonga mais em ação, mas se relaciona com o Pensamento. Este cinema possui cinco características: a) situações dispersíveis (várias), situações relativamente independentes; b) o encadeamento entre as imagens é quase inexistente; c) as ações são substituídas por personagens que erram (conceito de errância); d) toma consciência do clichê, denunciando o lugar comum; e) denuncia um complô do poder que é necessário para que a sociedade permaneça como está (isto é a condição para um novo tipo de imagem).<br />
<br />
Este cinema (o de imagem tempo) apresenta situações óticas e sonoras puras; cinema visionário; proporciona um conhecimento (e não um reconhecimento) da realidade.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13715828053682222229noreply@blogger.com0