domingo, 16 de abril de 2017

gemidos de gatos na rua desde às 22h. 5h. abro a janela do quarto: um gato cinza. oxe, é mina? não, ela é malhada. colorida. inocente. fecho a janela correndo. ai meu deus. e agora? cadê meus gatos? mataram. morreram. facebook. ninguém online. abro a porta do quarto: gato cinza. na janela da cozinha. me encarando. o dono da casa. fecho a porta. desespero. cadê os meus? mataram. morreram. facebook. lisavietra. ajuda, conselhos, me esclarece a dinâmica dos gatos. penso que tenh...o de tirar a comida de fora, a areia também talvez. mas primeiro: cadê meus gatos? medo do gato cinza: tem o carão, esbelto, olha com superioridade, mostra que tem experiência em causar nas casas alheias pelas madrugadas. os meus: criados num quarto e sala, com rede de proteção e ração super premium. muito medo. conversa com lisavietra. entendo tudo e sonho com aquele momento em que os gatos, os meus óbvio, arranharão a porta para que eu abra. ainda que feridos, desfigurados mancos, talvez aleijados... nada. abro a janela de novo. ninguém. conversa com lisavietra. fico paralisada. realidade: gato cinza. minha imaginação: monstro do rio vermelho que veio apavorar minha rotina. ele, com certeza, não tem medo de mim. tô fudida. nunca mais saio daqui. coitado de meus gatos que são 'protegidos' por uma bufa fria como eu. tão fudidos. abro a janela. rabo de mina, passando. ufa. um está vivo. abro a porta. ninguém. abro e fecho. os dois vêm correndo. entra entra entra. medo do gato cinza vir na sequência. eles correm pra comida. não comeram a noite inteira por causa do gato cinza. coitados de meus gatos. mas continuam serenos. se lambem. deitam-se depois de uma noite de aventura, eu acho. eu? estou em prantos. eles estão vivos. :~~~

06:15h

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