segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

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O homem desta convenção, como todos os outros ideais burgueses, é uma conciliação, um intento tímido, de ingênua astúcia com o intuito de engnar tanto à perversa mãe Natureza primitiva quanto o incômodo primitivo pai Espírito de suas enérgicas exigências e para viver na zona temperada entre eles. É por isso que a média das pessoas permite e tolera aquilo que denomina "personalidade", mas ao mesmo tempo entrega a personalidade àquele Moloch chamado "Estado" e intriga continuamente um com o outro. Assim o burguês queima hoje por herege e enforca por criminoso aquele ao qual amanhã levantará estátuas.

[ainda do livro O Lôbo da Estepe]

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