terça-feira, 14 de junho de 2011

Deleuze: a arte e a filosofia.

curso com Roberto Machado.

Junho 2011.

4º dia, anotações.


"O CINEMA"

Os cineastas pensam através de imagens.

O cinema não é língua, nem linguagem (Pensamento contrário à semântica).

Deleuze pensa o cinema a partir do pensamento de Bergson (livro: Matéria e Memória).


Deleuze fala em dois tipos de imagem:
01) Imagem Movimento - Cinema Clássico; representação indireta do tempo; cinema de ação; encadeamento sensório motor entre as imagens, agindo e reagindo umas sobre as outras construindo um organismo; conexão lógica; conta-se uma "historinha".

02) Imagem Tempo - Cinema Moderno; apresentação direta do tempo; questionamento do encadeamento; a percepção não se prolonga mais em ação, mas se relaciona com o Pensamento. Este cinema possui cinco características: a) situações dispersíveis (várias), situações relativamente independentes; b) o encadeamento entre as imagens é quase inexistente; c) as ações são substituídas por personagens que erram (conceito de errância); d) toma consciência do clichê, denunciando o lugar comum; e) denuncia um complô do poder que é necessário para que a sociedade permaneça como está (isto é a condição para um novo tipo de imagem).

Este cinema (o de imagem tempo) apresenta situações óticas e sonoras puras; cinema visionário; proporciona um conhecimento (e não um reconhecimento) da realidade.

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