terça-feira, 14 de junho de 2011

Deleuze: a arte e a filosofia.

curso com Roberto Machado.

Junho 2011.

3º dia, anotações.

"A PINTURA"

1ª hipótese - apesar da variação do estilo, há três elementos invariantes nas obras de Bacon:

a) a figura: como para Bacon é possível evitar o caráter representativo da figura? Bacon desprevilegia a forma. A figura é não figurativa. Bacon está ENTRE o figurativo e o abstrato. Quando há mais de uma figura não se deve contar nenhuma história criando "lógica" entre elas. Duas figuras formam um só fato. A figura de Bacon é um corpo experimentando uma sensação. O corpo é formado por osso e carne em tensão. A figura, se é corpo, não tem rosto (*Rostidade zero?). Devir animal: não tem rosto, mas cabeça. O processo de rostificação, segundo Deleuze, é político. A figura de Bacon não tem rosto, pois quer ser assignificante, assubjetiva.

- DEVIR: desterritorialização conjulgada; DEVIR ANIMAL: indiscernibilidade entre o homem e o animal (entre). Aumento de intensidade.

"Não há nada mais inútil que um orgão." (Artaud)

Deleuze é um crítico da organização / organismo.

"O corpo nunca é um organismo. Os organismos são os maiores inimigos do corpo." (Artaud)

Deleuze é o filósofo das torções, mas isso é justificado pela sua própria teoria.

- CORPO SEM ORGÃOS: vida inorgânica; não ter uma organização. A forma sendo questionada em nome da força. Corpo pleno percorrido por um fluxo de intensidade.

Bacon é um pintor que desfaz o organismo para pintar um corpo sem orgãos.


b) o contorno - delimita onde está a figura; o lugar da relação entre a figura e a grande superfície plana.


c) grande superfície plana.

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