curso com Roberto Machado.
Junho 2011.
3º dia, anotações.
"A PINTURA"
1ª hipótese - apesar da variação do estilo, há três elementos invariantes nas obras de Bacon:
a) a figura: como para Bacon é possível evitar o caráter representativo da figura? Bacon desprevilegia a forma. A figura é não figurativa. Bacon está ENTRE o figurativo e o abstrato. Quando há mais de uma figura não se deve contar nenhuma história criando "lógica" entre elas. Duas figuras formam um só fato. A figura de Bacon é um corpo experimentando uma sensação. O corpo é formado por osso e carne em tensão. A figura, se é corpo, não tem rosto (*Rostidade zero?). Devir animal: não tem rosto, mas cabeça. O processo de rostificação, segundo Deleuze, é político. A figura de Bacon não tem rosto, pois quer ser assignificante, assubjetiva.
- DEVIR: desterritorialização conjulgada; DEVIR ANIMAL: indiscernibilidade entre o homem e o animal (entre). Aumento de intensidade.
"Não há nada mais inútil que um orgão." (Artaud)
Deleuze é um crítico da organização / organismo.
"O corpo nunca é um organismo. Os organismos são os maiores inimigos do corpo." (Artaud)
Deleuze é o filósofo das torções, mas isso é justificado pela sua própria teoria.
- CORPO SEM ORGÃOS: vida inorgânica; não ter uma organização. A forma sendo questionada em nome da força. Corpo pleno percorrido por um fluxo de intensidade.
Bacon é um pintor que desfaz o organismo para pintar um corpo sem orgãos.
b) o contorno - delimita onde está a figura; o lugar da relação entre a figura e a grande superfície plana.
c) grande superfície plana.
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